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A minha primeira escola foi a escola primária da Frazumeira, uma escola recente, mandada construir na época do estado novo. Foi a escola onde a minha mãe fez a quarta classe, e também foi lá que estudei até à quarta classe. Na altura era já uma escola mista, para rapazes e raparigas, uma escola que, devido à desertificação do território hoje apenas restam ruínas e pela qual apenas passaram duas gerações.

Ainda me lembro do primeiro dia que lá entrei, foi no dia um de outubro do ano de mil novecentos e setenta e nove, uma segunda-feira, fiz uma daquelas birras de criança porque nunca tinha visto tantos meninos e nunca tinha ficado fechado numa sala, mas depois isso passou e hoje olho para as ruínas daquele edifício e sinto uma nostalgia enorme…saber que ali naquele monte de pedras fui feliz um dia e aprendi a brincar às escondidas, ao elástico, à macaca, e sim, foi ali que na inocência de criança tive a primeira namorada e acima de tudo, onde aprendi a contar, a ler e a escrever.

 

Aquilo de que mais gostei na escola foi a descoberta da leitura. Ainda hoje tenho hábitos de leitura porque desde cedo a minha paixão sempre foram a escrita e a leitura. Aquilo que menos me fascinava era, e ainda é, a matemática, apesar de eu achar que é um jogo de números e sempre que posso vou aperfeiçoando. Nem imaginam a alegria quando comecei a construir frases num livro de leitura cujo título nunca mais me saiu da cabeça: o “PAPU”. Esse livro marcou-me, eu olhava para ele como um miúdo agora olha para um telemóvel de última geração, era a descoberta das frases e o seu significado que me fascinava.

 

Nos anos oitenta, especialmente na primeira parte da década, não era fácil ser aluno. As políticas de educação eram muito diferentes das atuais, e para pior nalguns aspetos, sendo que hoje um aluno tem muitas mais oportunidades de escolha durante o percurso escolar do que eu alguma vez tive. A escola tinha aquela formatação e era o aluno que se tinha que adaptar à escola e não a escola ao aluno. No quinto e sexto ano, já na escola C+S Padre António de Andrade em Oleiros, que na altura se chamava ciclo preparatório, andavam miúdos com dezanove anos, coisa que hoje é impossível. Naquele tempo começava a dar os primeiros passos o ensino profissional, disponível para todos. Os saberes universais transmitidos pela escola tornaram-se secundários, enquanto os saberes conducentes ao interesse emancipatório das populações, visando a sua participação na construção de uma cidadania democrática, adquiriam mais expressividade. As novas conceções de igualdade de oportunidades no acesso à educação e, nomeadamente, a garantia do cumprimento da escolaridade obrigatória, foi abolida a separação entre o ensino técnico e o ensino geral e foi criado, em sua substituição, o ensino secundário unificado, que compreendia o 7.º, 8.º e 9.º ano de escolaridade. De acordo com esta ótica, a década de 80, em Portugal, foi marcada por uma progressiva alteração das políticas educativas, nomeadamente no que diz respeito à problemática da contribuição da educação para a construção da democracia.

Em 1973, mais de 35% dos portugueses eram analfabetos. Dos outros, a maioria ficara-se pelo 1.º ciclo do ensino – a escola primária. O ideal, em termos de cultura, era “saber ler, escrever e contar”, tal como fora definido por Salazar. A maioria da população trabalhava no sector primário – agricultura e pescas. Fonte Paulo Moura In Público 2013.

Após esta breve resenha pelos meandros das políticas educativas, parece-me possível concluir que todas as ideologias que marcaram a evolução do sistema educativo em Portugal até ao presente estruturaram o campo educativo, marcando e exprimindo as modalidades de definição da problemática educativa. Outro aspeto é a constatação de que as escolas foram sempre influenciadas pelas mudanças históricas de diferentes teores; económicas, políticas, ideológicas ou religiosas.

As minhas razões para abandonar a escola com apenas o sexto ano feito foram várias. A principal razão foi porque um rapaz com treze anos de idade na escola, na ótica dos meus pais, era já um adulto que podia fazer outras coisas menos estudar. Numa casa com algumas dificuldades e com muitos irmãos, fazia muita falta mais uns braços para trabalhar, pelo que a prioridade era pôr os filhos mais velhos a trabalhar para ajudar na economia familiar. Com muita pena minha, porque o sonho comanda a vida, eu nunca consegui cumprir o meu sonho, que era ser um engenheiro florestal. Mas nunca é tarde e o caminho vai-se percorrendo aos poucos.

  No ano dois mil e seis, voltei novamente à escola para fazer o processo RVCC no sentido de concluir o ensino básico, aqui foi mais uma etapa da minha vida de estudante concluída, e na qual senti uma grande motivação para continuar o caminho dos estudos.

De seguida, no ano de dois mil e sete inscrevi-me no programa Novas Oportunidades para a conclusão do ensino secundário, mas devido à falta de tempo, ou talvez à má gestão do tempo, acabei por desistir… Agora novamente, passados sensivelmente trinta anos da saída do ensino regular, cá estou eu novamente para completar a minha escolaridade ao nível do ensino secundário e cumprir mais um sonho há muito adiado.

 

 

Capítulo III

 

O MEU PERCURSO PROFISSIONAL E FORMATIVO

 

Ao escrever sobre o meu percurso profissional, vou seguir uma ordem cronológica e certamente que muitas das coisas que aqui cabem já me esqueci, outras conforme vou escrevendo vou lembrando.

Neste campo sou uma pessoa satisfeita porque considero que faço o que gosto há muitos anos. A profissão de Bombeiro ensinou-me muito e deu-me muitas oportunidades de aprendizagem, que, com rigor, aqui vou explanar nestas páginas de vida.

O meu percurso profissional percorreu algumas áreas e começou muito cedo, por volta dos treze anos de idade, e todas elas me trouxeram muitos ensinamentos e foram responsáveis por aquilo que hoje sou.

Aos treze anos de idade fui trabalhador rural e pastor de cabras, foi esta a atividade responsável pelo meu abandono escolar. Nesta atividade ganhei o gosto pelo campo, pelo ar livre, o contacto com a natureza inspirava-me. No verão, na zona do Pinhal Interior ocorriam muitos incêndios e em certa medida, ainda hoje aplico na atividade profissional que desenvolvo muitos desses ensinamentos, tais como o corte e limpeza de árvores, o andar na floresta e conhecer a fauna e a flora.

Com dezasseis anos, fui a Lisboa pela primeira vez, e logo para trabalhar num restaurante de um familiar, como empregado de balcão.

Nesta atividade tudo era novidade: o meio onde estava, o tipo de trabalho, aqui aprendi a treinar a minha memória para os pedidos efetuados ao balcão que requeriam logo contas rápidas e não me podia enganar. Foi neste período também que descobri o real valor do dinheiro, que morei pela primeira vez sozinho num quarto alugado na baixa de Lisboa, aqui percebi que havia outras culturas, e pela primeira vez ouvi falar hindu e chinês. As dificuldades de adaptação fizeram com que, ao fim de seis meses, regressasse à minha terra novamente. Esta foi a minha primeira experiência intercultural, o que para mim foi espetacular e muito positivo. Naquela altura, aquele tipo de experiência poderia ser considerado como própria de um jovem que desejava aprender alguma coisa mais sobre outras culturas. Atualmente, isso mudou. Fazer intercâmbios já faz parte dos planos de pessoas de várias faixas etárias.

Porque a importância dessas experiências para o mercado de trabalho é enorme. Passamos a ser mais valorizados pelos empregadores por ter tido que superar o desafio de viver outra cultura, distante da família e da zona de conforto. Além disso, o desenvolvimento pessoal que o intercâmbio promove, tem sido mais um ponto de atração para pessoas em busca de ampliar o olhar sobre o mundo, por exemplo a minha filha está a estudar turismo, e esteve em Itália num intercâmbio pela escola através do programa Erasmus e adorou, além de ter sido bastante positivo para ela no que diz respeito ao contacto com outra língua e com a cultura em si.

  

Aos dezassete anos, depois de estar meio ano a trabalhar num restaurante voltei à terra para trabalhar na floresta, desta vez na exploração florestal. Aqui começou o meu primeiro contacto com máquinas utilizadas neste setor de atividade, desde aprendiz até ser condutor autónomo na utilização das mesmas. Também foi aqui que começou a minha preocupação ambiental, com as espécies endémicas da região da Beira Baixa: o pinheiro bravo, o medronheiro, e o eucalipto, este último muito utilizado na reflorestação de grandes áreas queimadas resultantes de grandes incêndios. Foi nesta atividade que tive pela primeira vez contacto com uma motosserra, ferramenta esta que é utilizada para o corte das árvores ou para fazer podas. É uma ferramenta com um motor térmico a combustão, mas também pode ser elétrica, sendo que na floresta é utilizada a de motor a combustão. Foi uma adaptação um pouco difícil no início porque não estava muito familiarizado com a máquina. Num primeiro ensinamento foi o meu primo Manuel, que também era meu patrão, que me ensinou como se manuseava a máquina e aos poucos fui fazendo uma adaptação e, passados alguns meses, já a manuseava facilmente.

Depois de alguns meses, o meu primo adquiriu uma motosserra nova e eu fui à loja aprender com o vendedor como funcionava e li as características do equipamento, que vinham escritas em inglês. A motosserra nova adquirida era da marca Sthil modelo 08 e as características do equipamento na altura eram as seguintes:

 

Manufactured By: Sthil Andreas Maschinenfabrik Stuttgart, Germany  Series or  Assembly number:  1108, introduction year: 1965, Engine shift:56 cm3 before the 1969 displacement  was 48 cm3 Number of cylinders: 1 Cylinder diameter: 47 mm initial version 44 mm Piston course: 32 mm Cylinder type: aluminum with chromed hole Admission method: Portd piston weight:8.4kg, Operator configuration: One man operation, System guide: rigid Brake Brake: no Clutch: centrifuge Construction: Magnesium casting Carburetor: Tillotson HL-166A series, Air filter system: Nylin knit element Type of start up: Automatic recoil Oil pump: Automatic rpm maximum engine: 7000 rpm fuel Tank capacity:750ml Fuel oil range: 20:1 after the interval  Recommended fuel: gasoline with blend mixing Oil specification: Castrol 2 strok SAE40.

 Traduzindo para português: fabricado por: Sthil Maschinenfabrik Stuttgard, Alemanha Série ou Número de montagem: 1108 Ano de introdução: 1965 Deslocamento do motor: 56 cm3 antes do deslocamento de 1969 era 48 cm3, Número de cilindros; 1, Diâmetro do cilindro: 47 mm na versão inicial 44 mm, Curso de pistão: 32 mm Tipo de cilindro: alumínio com furo cromado, Método de admissão: pistão portado, Peso: 8.4 kg, Configuração de operador: Operação de um homem, Sistema de guia: rígido, Freio de cadeia: Nenhum, Embraiagem: centrifuga, Construção: Fundição de magnésio, Carburador: série Tillotson HL-166A, Sistema de filtro de ar: elemento em malha de nylon, Tipo de arranque: Recuo automático, Bomba de óleo: automático, RPM Máximo do motor: 7000 rpm, Capacidade do tanque de combustível: 750 ml, Relação de óleo de combustível: 20:1 depois do intervalo, Combustível recomendado: Gasolina com mistura, Especificação do óleo da mistura: Castrol 2 tempos SAE40.

Fonte http://stihl.pt-manuals.com/d-08-s/owner-s-manual.html       

 

Aos dezanove anos fui incorporado no serviço militar obrigatório, na Escola de Tropas Paraquedistas, em Tancos – Praia do Ribatejo. Foi aí que durante vinte e quatro meses, prestei serviço à nossa querida pátria.

O militar paraquedista é um soldado de elite que, com treino e disciplina, está apto a combater em qualquer situação que seja solicitado.

Aqui aprendi o rigor, a disciplina, o espírito de corpo e a solidariedade para com o próximo. Nesta fase da minha vida, pela primeira vez, sentia orgulho da minha autodisciplina e isso fez de mim a pessoa que hoje ainda sou. Por exemplo, o autocontrolo que hoje implemento na minha vida diária foi lá que o aprendi e treinei.

Aos vinte e três anos depois de sair do serviço militar, fui trabalhar para a construção civil na construção da Ponte Vasco da Gama.

Quando trabalhei nas obras da Ponte Vasco da Gama relacionei-me com muitos imigrantes, especialmente os oriundos dos PALOP – (Países de Língua Oficial Portuguesa), uma da maiores dificuldades era a comunicação linguística, porque muitos deles falavam um dialeto muito próprio entre eles, quando precisava de comunicar com eles tinha que me expressar muito pausadamente ou então por gestos, como por exemplo apontar para uma ferramenta e exemplificar como funcionava.

Hoje, como segundo Comandante dos Bombeiros Voluntários de Alcochete, também tenho colegas Voluntários oriundos dos PALOP, mais propriamente do Brasil, tenho por missão ajudar na integração deles no Corpo de Bombeiros, assim como dar-lhes formação, sobre a legislação de funcionamento dos Corpos de Bombeiros em Portugal. Um dos voluntários que ajudei na integração no Corpo de Bombeiros foi um homem ex-alcoólico, uma tarefa que no início parecia difícil, mas depois de algum tempo de relacionamento acabou por ser fácil e ele acabou por recuperar dos hábitos que tinha. As maiores dificuldades que tive na integração foi o convívio com outros colegas que consumiam bebidas alcoólicas e constantemente o convidavam a beber. Sempre que estava presente não permitia este comportamento, até que houve uma altura que proibi o consumo de bebidas alcoólicas no bar dos Bombeiros. Hoje, refletindo sobre a minha ação na tomada de medidas, chego à conclusão que foi benéfico para ele, porque consegui que começasse a ter regras com as bebidas alcoólicas, e também foi benéfico para a imagem do Corpo de Bombeiros.

Na minha vida pessoal tenho amigos oriundos de outros países como a Roménia ou Brasil com quem partilho vivências e formas de viver em Portugal e aprendo a cultura deles e as suas vivências. No final da década de noventa depois da imigração provocada pela guerra dos Balcãs e pela instabilidade nos países lusófonos de origem africana, o Estado português criou centros de apoio e ajudas à integração à imigração, sobre a orientação do Alto Comissariado para as Migrações (ACM). Os Centros Nacionais de Apoio à Integração de Migrantes (CNAIM), que foram criados em 2004 para dar resposta a diferentes dificuldades sentidas pelos migrantes no seu processo de integração em Portugal. As diferenças culturais, organizacionais e legislativas, a par da quantidade de serviços diferentes, aos quais os imigrantes têm de recorrer, levaram o Alto Comissariado para as Migrações a criar um local que reunisse, num mesmo espaço, diferentes serviços, instituições e gabinetes de apoio aos migrantes. As ajudas variam desde ações de formação e informação sobre direitos e deveres dos trabalhadores imigrantes, assim como a diminuição das barreiras linguísticas e facilita a igualde de oportunidades.

Fonte https://www.acm.gov.pt

 

Uma das minhas funções, quando trabalhava na obra da Ponte Vasco da Gama, era efetuar medições para depois serem betumados com betão.

Aqui também foi onde recebi formação de higiene e segurança no trabalho, para obrigatoriamente trabalhar em segurança e assim evitar acidentes de trabalho.

Durante o tempo em que trabalhei na Ponte Vasco da Gama era responsável pela distribuição dos (EPI) Equipamentos de Proteção Individual à equipa; os EPI são o garante da segurança dos trabalhadores, que aliados à formação ajudam a diminuir os acidentes de trabalho que, por vezes, são fatais.

Hoje, como segundo Comandante dos Bombeiros Voluntários de Alcochete, também sou o responsável pela aplicação do sistema de segurança e higiene no trabalho, dando formação aos nossos colaboradores na área de utilização dos equipamentos de proteção individual, assim como explicar as suas características técnicas. Além de ser segundo comandante do Corpo de Bombeiros de Alcochete, também sou formador externo da Escola Nacional de Bombeiros, onde a minha função, enquanto formador, é dar dois níveis de formação na área do combate aos incêndios florestais. A formação que dou aos bombeiros é em módulos de 50 horas, e são divididos em duas partes, uma parte teórica e uma parte pratica num campo de ensaios, além disso tenho as apresentações em PowerPoint como suporte teórico.

Aos vinte e quatros anos, inscrevi-me como Bombeiro Voluntário em Alcochete e depois de receber a formação inicial de bombeiro, entrei no quadro ativo do Corpo de Bombeiros. Aqui, enquanto voluntário, desempenhei funções no socorro a acidentes de toda a espécie e combati incêndios em mato, habitações e veículos.

Com vinte cinco anos de idade surgiu a oportunidade de ser bombeiro profissional, atividade que ainda hoje pratico. Como bombeiro profissional desempenhei várias funções, tais como: operador de central, onde aquilo que fazia era atender chamadas telefónicas de emergência, a inserção de dados num sistema informático (base de dados) devo referir que a primeira base de dados em Excel para guardar contactos foi efetuada por mim, sem nunca ter tido nenhuma formação para o efeito. Nesta altura também era da minha responsabilidade o encaminhamento dos meios até ao local de socorro. Outra das funções que desempenhei foi a condução de veículos de emergência. Ao inscrever-me como bombeiro voluntário adquiri algumas regalias socias, tais como a isenção das taxas de moderadoras no (SNS) Serviço Nacional de Saúde, e acesso à proteção social do bombeiro, que é, basicamente, um tipo de seguro de acidente de trabalho, que cobre na totalidade, as despesas de recuperação se tiver algum acidente em serviço, o que é melhor em relação ao SNS. 

O SNS tem um papel fundamental na vida de todos os portugueses e que agora está de novo na agenda dos partidos políticos com a revisão da lei de bases da saúde; recentemente encontrei um artigo no jornal Público que publicou um pequeno excerto sobre a importância do SNS na vida de todos nós.

Dificuldade de acessibilidade da população aos cuidados de saúde do SNS, no tempo e na forma de que necessita. Para comprovar esta afirmação, basta lembrar que num país em que é garantido constitucionalmente a todos os cidadãos o acesso generalizado, tendencialmente gratuito aos cuidados de saúde, existem cerca de 2,7 milhões de portugueses que têm seguros de saúde privados.

Mesmo levando em conta que uma parte deste número de portugueses se encontra abrangido por seguros de saúde privados disponibilizados por empresas, resta ainda um grande número de cidadãos, cerca de 1,2 milhões, que estão dispostos a pagar do seu bolso cuidados de saúde (apesar da garantia constitucional de que o sector público os facultará gratuitamente). E isto porque não têm a acessibilidade que desejam: por exemplo, querem evitar longas listas de espera para cirurgias, para a marcação de consultas.

Fonte: https://www.publico.pt/2017/11/07/sociedade/opiniao/que-caminho-futuro-para-o-servico-nacional-de-saude-1789309

Atualmente como segundo Comandante do Corpo de Bombeiros, tenho que operar com sistemas informáticos, como por exemplo o sistema de georreferenciação dos veículos. As plataformas de gestão feitas no (Windows Access), também utilizo o (Excel) para fazer tabelas e gráficos de comparação e utilizo o (Word), que é um programa de edição de texto para redigir documentos, ofícios e ordens de serviço. Agora já com muito mais à vontade depois de fazer vários cursos de edição de texto e utilização de tabelas e fiz recentemente um curso de gestão de base de dados o que para mim foi muito bom.

 

No que diz respeito às novas tecnologias, elas vieram mudar a forma de vermos o mundo, o meu primeiro telemóvel apenas dava para efetuar chamadas e enviar mensagens curtas, e nem tinha “screensaver” nem “wallpaper” nem “emoji” nem sequer uma palete de cores, porque nem tinha câmara, era daqueles telemóveis que não podíamos deixar junto da televisão ou de um rádio, porque sempre que ia tocar fazia interferências por causa das ondas eletromagnéticas.

 

Atualmente tenho um smartphone de última geração onde consigo aceder à internet, para ler e enviar e-mails, fotografias ou mesmo para servir de GPS para me deslocar e acabei por comprar smartphone com uma boa bateria, como preciso sempre de andar com ele ligado por causa do serviço e por vezes não tenho oportunidade de o pôr a carregar porque nem sempre há uma ficha disponível para ligar o carregador.

Por falar em telemóveis a minha filha é uma expert no que a isso diz respeito, enquanto eu uso para efetuar chamadas ou ler (SMS) (Short Message Service) ela usa para ir às redes socias e para fazer outras pesquisas na internet, tirar fotografias, guardar ficheiros da escola para estudar em casa, também como tira muitas fotografias acabei por lhe comprar um telemóvel IPhone 5S com 5Gigas de capacidade de armazenamento, e 2 gigas de memória RAM, foi o escolhido por ela porque tem uma boa qualidade de imagem por ter uma câmara fotográfica com cerca de vinte e um megapixéis, e não serve só para tirar fotografias, também utiliza para fazer videochamadas e diretos para as redes socias, cujo único objetivo é interagir com os amigos. Esta é uma das grandes vantagens das redes sociais atualmente, uma foto ou um evento nosso publicado no momento, tem passado algumas horas, milhares de partilhas ou gostos e comentários o que pode ser positivo se for para vender um produto ou publicitar algum evento. Mas também pode ter reações negativas como a criação de notícias falsas em relação à nossa imagem ou fazer passar para a opinião pública uma imagem distorcida de nós. Hoje, através das redes socias, sabemos rapidamente, quase ao milésimo de segundo o que passa por exemplo na Venezuela, onde dois lados estão em conflito e usam o youtube ou as redes socias como o facebook, para atingir os seus fins.

O mau das redes sociais, no meu entender, é que facilmente expõem a nossa vida e isso pode-nos trazer bastantes dissabores, é esse o cuidado que eu tenho na sua utilização e são os conselhos que passo à minha filha para não se expor demasiado ou não interagir com pessoas que não conhece.

Sou um consumidor de internet que efetua pesquisas, vê vídeos ou fotografias, um dos meus grandes cuidados quando a utilizo é verificar as fontes de informação, é uma forma de ver se os conteúdos são fiáveis e podem ser utilizados para me informar de coisa importantes, como manuais técnicos de equipamentos, fichas técnicas de produtos, que utilizo no local de trabalho.

 

Aos trinta e dois anos, fui nomeado adjunto do comando, desempenhando as funções inerentes ao cargo, tais como: elaboração de escalas de serviço, supervisão da secretaria de comando, dando despacho ao expediente para o senhor Comandante. Desempenhei ainda as funções operacionais inerentes ao cargo, tais como, supervisionar as operações de socorro, a chefia do serviço diário de transporte de doentes, através do cálculo de rotas e dos meios disponíveis.

Com trinta e sete anos fui nomeado segundo comandante do Corpo de Bombeiros Voluntários de Alcochete, isto no ano de dois mil e dez. Ao assumir estas funções também assumi uma grande quantidade de deveres inerentes ao cargo, uma vez que, logo passados uns dias, o senhor Comandante ficou de baixa médica por doença, pelo que fiquei interinamente a assumir o cargo de Comandante até dezembro de dois mil e dezasseis.

No desempenho do cargo de Comandante em substituição foram muitas as tarefas desempenhadas, muitas decisões tomadas e proferidos muitos discursos em público. As funções de comandante estão previstas no Decreto-Lei n. º248/2012 de 21 de novembro, no artigo 12º - alíneas 3 e 4:

Ao comandante compete o comando, direção, administração e organização da atividade do corpo de bombeiros, sendo o primeiro responsável pelo desempenho do corpo de bombeiros e dos seus elementos, no cumprimento das missões que lhes são cometidas, sem prejuízo dos poderes da entidade detentora do corpo de bombeiros e da ANPC. Ao 2.º comandante compete coadjuvar o comandante, substituí-lo nas suas ausências e impedimentos e superintender a atividade do Núcleo de Apoio e Estado – Maior. As leis ou decreto-lei, portarias ou despachos no que diz respeito a atividade dos Corpos Bombeiros são publicadas em Diário da República e produzem efeitos no dia útil a seguir a publicação ou numa soma de dias a posterior publicação. O diário da república é o jornal oficial do estado e é uma forma do estado comunicar com os cidadãos.

No Corpo de Bombeiros de Alcochete, onde sou 2.º comandante, temos dois tipos de organograma: um organograma estrutural e um organograma funcional. Considero o organograma do Corpo de Bombeiros de Alcochete, muito menos complexo do que o do Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB) de Lisboa. O meu Corpo de Bombeiros tem 22 Bombeiros Profissionais e 44 Voluntários, o RSB tem cerca de 800 bombeiros profissionais.

 

No comando dos Bombeiros, e eu como 2.º Comandante, temos que ter ética profissional e as decisões têm que ser bem sustentadas e terem uma linha de continuidade, não podemos dizer uma coisa e fazer algo completamente diferente. Por exemplo, se exijo pontualidade, eu próprio tenho que ser pontual, a imagem das instituições são as pessoas que as representam, ainda mais numa Associação que presta um serviço público que tem que ser de excelência. Eu, como 2.º Comandante, tenho que ser honesto e a minha gestão transparente, é isso que as pessoas que sirvo exigem de uma Associação que tem apoios pagos com o dinheiro dos contribuintes. As Associações, como aquela em que sou 2.º Comandante, sofrem constantemente com a falta de pessoas que queiram ser Bombeiros Voluntários e se não tivermos valores morais e éticos, dificilmente temos pessoas a aderirem, e este tipo de Associações são muito importantes para a sociedade. Eu acho que uma das formas de ter mais pessoas a aderir a estas Associações é, acima de tudo, com a honestidade dos seus dirigentes, e, para que isto aconteça, deve ser constante o escrutínio por parte dos sócios das Associações, através das assembleias gerais, sítio onde podemos esclarecer os objetivos que temos mandatados, se estão ou não a ser cumpridos.      

Como 2.º comandante a minha função é a chefia diária do serviço, a gestão diária dos Bombeiros que prestam serviço na Associação, o que faço com o maior orgulho, e da seguinte forma, no dia anterior recebo através de email  e do sistema de gestão de transporte de doentes o serviço para o dia seguinte, e faço a distribuição dos funcionários na base de dados que temos para o efeito que depois é ainda impresso em papel com as guias de serviço diário para cada colaborador. Todos os  dias, pelas oito horas da manhã, organizo um briefing de cerca de dez minutos para perceber se todos os colaboradores entenderam o objetivo diário, e diariamente faço um relatório de serviço e envio, por email institucional,  para a direção que, consoante o que eu relato, faz ordens de serviço ou notas informativas, para melhorar um ou mais aspetos que não tenham corrido bem.  

No mês de novembro de 2018, por chefiar o serviço e a gestão do pessoal, achei que não estava a ser convenientemente remunerado, uma vez que fazia mais que doze horas diárias e ainda tinha que conduzir para transportar doentes aos hospitais.  Aí tive que negociar com a minha entidade patronal, não foi fácil e tive que lhes dizer claramente que o meu dever, enquanto trabalhador, era fazer as oito horas diárias e que a legislação, nomeadamente o código do trabalho, diz isso claramente, e se faço horas a mais, as mesmas têm que ser pagas, uma vez que é um direito meu, e se não me satisfazem esse direito avanço para o tribunal de trabalho.

Por causa disto ainda andei umas semanas aborrecido, mas como às vezes cedemos e outras vezes tomamos atitudes mais firmes, e como sou uma pessoa por natureza de consensos, cheguei facilmente a acordo com a minha entidade patronal e ficou resolvido. Mas nem sempre os consensos resolvem tudo, a legislação laboral como o código do trabalho é de vital importância para quando os consensos não resolvem os conflitos laborais, apesar de eu ser por natureza uma pessoa de consensos, mas como em tudo na vida, o ser bonzinho não põe  o pão na mesa, e neste caso em particular, que ficou resolvido no decorrer do passado mês de maio, foi muito importante a legislação. Se não existisse legislação laboral cada entidade patronal fazia o que queria dos trabalhadores e certamente estaríamos como no tempo da escravatura, servidores de uma classe senhorial como nos princípios do século dezanove quando se instaurou a república. Mesmo assim, só após a ditadura, conseguimos grandes avanços nos direitos do trabalho, que ultimamente e muito por culpa da globalização económica, vamos perdendo a troco da tão falada competitividade económica. Ainda voltando a escrever e refletir sobre os direitos do trabalho sendo este um dos direitos universais, na carta dos direitos humanos das Nações Unidas (ONU), é um dos mais violados na globalidade, ou a troco da competitividade ou por políticas repressivas onde não há direitos apenas deveres, o que leva, em muitos casos, a guerras e estas, a imigrações ilegais e a gerarem pobreza. Com isso, as pessoas vêm-se obrigadas a aceitar tudo e qualquer trabalho, sem discutirem horários ou até mesmo o salário de que vão auferir. Como exemplo, os imigrantes que andam na apanha dos bivalves no rio Tejo, que muitos andam a troco de meia dúzia de euros por um dia de trabalho de doze ou mais horas. Este problema em concreto já mereceu da minha parte uma participação mais ativa, na participação de reuniões na Câmara Municipal de Alcochete, com vista a resolver a situação dos imigrantes Asiáticos, alojados em armazéns no Samouco, podendo mesmo considerar que se trata de tráfico de seres humanos.

Nunca pus em causa a minha pontualidade, nem a minha capacidade de organização, tão pouco deixei que o espírito de equipa fosse posto em causa, isto são condutas de que não abdico enquanto profissional. Com aquilo que se passou comigo, também se passava com outros subordinados meus, consegui que houvesse um novo horário de trabalho, onde não fosse preciso exceder o que era o normal de cada colaborador e ainda consegui que o vencimento deles fosse aumentado, usando argumentos validados como: equipas motivadas produzem muito melhor.

 

Além disso, o comandante e o 2.º comandante também participam em eventos sociais promovidos por outros Corpos de Bombeiros ou entidades e eventos dentro do concelho para os quais são convidados. Além das funções de segundo Comandante referidas atrás, também tenho outras, de preocupação ambiental, que são da minha responsabilidade, ajudei a implementar, no Corpo de Bombeiros, um sistema de recolha de resíduos de equipamentos elétricos em fim de vida. Também implementei um sistema de recolha de lâmpadas e pilhas, tendo como parceiros a empresa AMBE3 e o programa quartel eletrão. A recolha de óleos usados nos motores dos nossos veículos é efetuada pelos funcionários da empresa Carmona S.A, que cumprem com as normas de higiene e segurança no trabalho, assim como os funcionários da Câmara Municipal de Alcochete fazem a recolha dos lixos indiferenciados. No que diz respeito às reciclagens foi dado por uma empresa nossa parceira uma formação a todos os colabores no âmbito do curso de segurança e higiene no trabalho, onde todos nós aprendemos competências de reciclagem e através da sinalética existente para o efeito. Todos sabemos que depositamos o lixo para reciclar consoante as cores dos contentores: o vidro colocamos no contentor verde; o plástico e o metal no contentor amarelo; o papel e o cartão no contentor azul; os resíduos perigosos resultantes das ambulâncias colocamos no contentor vermelho.

 No nosso quartel existe um pequeno jardim com arbustos que podamos todos os anos e fazemos uma pequena compostagem para utilizar na fertilização do jardim. Já os lixos resultantes das ambulâncias são recolhidos pelos funcionários da Empresa Ambimed e são catalogados como lixo contaminado biologicamente e são incinerados. A vantagem de serem incinerados é porque, como contém resíduos biológicos que podem ser prejudiciais à saúde humana, incinerando esse risco desaparece na totalidade. A reciclagem dos lixos é de grande importância para as gerações vindouras, com o ritmo que vamos a caminhar, os recursos vão desaparecer rapidamente e o mundo torna-se num caixote de lixo gigante.

A quantidade de lixo que produzimos diariamente é alarmante e cada vez mais gritante o pedido de ajuda vindo do planeta. A importância da reciclagem é, por isso, inequívoca. Transformar materiais usados em produtos novos não só é aconselhável como é também necessário para que as próximas gerações possam usufruir da Terra como nós o fazemos hoje.

Segundo um relatório do World Energy Council, em 2025, a produção de lixo (‘waste generation’) poderá atingir os 11 milhões de toneladas por dia. Em Portugal, só no ano de 2015, cada pessoa produziu, em média, 464 quilogramas de lixo. Faziam ideia? Fonte: https://www.e-konomista.pt/artigo/importancia-da-reciclagem/

Não fazia ideia que em Portugal se produzia esta quantidade de lixo por pessoa, nós, portugueses, não sabemos o que fazer para redução da produção de lixo, muitos de nós não sabem o que é biodegradável ou reutilizável, e continuamos a comprar os sacos de plástico, e a não fazer a separação do lixo.  O Estado falhou na comunicação com os portugueses neste aspeto, podia aproveitar os canais de televisão existentes para passar informação sobre reciclagem, aqui os média têm um papel muito importante na informação à população, apesar da sinalética existente a maioria das pessoas não estão sensibilizadas para a reciclagem. O país não adotou medidas de grande impacto na vida das pessoas para as sensibilizar a reduzir a produção de lixo, neste aspeto temos que refletir todos enquanto cidadãos do mundo. Li uma notícia num jornal online, um diferendo entre o Canadá e as Filipinas sobre a exportação do lixo, o que me faz pensar que, enquanto não houver políticas globais, este problema vai continuar. Enquanto os países mais desenvolvidos vão mandando o seu lixo para os menos desenvolvidos, este acaba sempre no meio dos oceanos porque estes países também não têm recursos para o tratar, e então a forma mais fácil é lançá-lo ao mar.  Isto tudo acontece mesmo depois de muitas campanhas para sensibilização da opinião pública como por exemplo esta campanha lançada no ano 2017 pela Quercus Associação Ambiental; “Os fantásticos da natureza” que é um projeto muito engraçado e eu acho que resultou muito bem porque foi virada para as crianças, baseada no conto de histórias sobre as áreas protegidas, e normalmente este público- alvo é muito recetivo e capta muito bem estas ideias, e obriga os pais, de certa forma, a por em prática aquilo que ouvem na escola, o que eu concordo totalmente porque o planeta agradece.

 

Globalmente muitos organismos de sensibilização ambiental e outros, como o Dia Mundial do Meio Ambiente é o dia mais importante das Nações Unidas, para incentivar a consciencialização e a ação em todo o mundo, para a proteção do meio ambiente, têm um forte impacto nas pessoas e já se começa a ver movimentos por todo o mundo a protestar e a denunciar políticas implementadas por governos como o dos Estados Unidos da América (EUA) nocivas para o ambiente, como a saída do acordo de Paris em que os estados seriam neutros na emissão de carbono em 2050, a dita medida carbono zero.

Já escrevi sobre o meu percurso profissional e agora vou escrever acerca do que tem sido a minha aprendizagem para além da escola.

Em dezembro de mil novecentos e noventa e oito, conforme ficha de matrícula do Corpo de Bombeiros, concluí com 18 valores (numa escala de 0 a 20) a Instrução Inicial de Bombeiro. Com esta formação fiquei habilitado a combater incêndios e prestar socorro em acidentes. Durante a instrução aprendi conteúdos relacionados com as relações interpessoais, as leis da física e a instabilidade de alguns materiais combustíveis, bem como a sua composição química. Para além disso, aprendi ainda o triângulo do fogo e os gases resultantes da combustão. Aprendi também o manuseamento de extintores e as classes de fogo, sabendo que cada classe de fogo tem o agente extintor adequado. Sendo um autodidata, utilizo, na minha profissão, o autoestudo e passo alguns minutos por dia em sites de bombeiros de vários países e encontro muitas vezes textos escritos em inglês, como este que aqui exemplifico em relação a uma combustão completa de combustíveis fósseis:

Complete combustion

Fuels are substances that react with oxygen to release useful energy. Most of the energy is released as heat, but light energy is also released.

About 21 per cent of air is oxygen. When a fuel burns in plenty of air, it receives enough oxygen for complete combustion.

Complete combustion needs a plentiful supply of air so that the elements in the fuel react fully with oxygen.

Fuels such a natural gas and petrol contain hydrocarbons. These are compounds of hydrogen and carbon only. When they burn completely:

  • the carbon oxidises to carbon dioxide
  • the hydrogen oxidises to water (remember that water, H2O, is an oxide of hydrogen)

 

In general, for complete combustion:

hydrocarbon + oxygen → carbon dioxide + water

Here are the equations for the complete combustion of propane, used in bottled gas:

propane + oxygen → carbon dioxide + water

C3H8 + 5O2 → 3CO2 + 4H2O

 

Incomplete combustion

Incomplete combustion occurs when the supply of air or oxygen is poor. Water is still produced, but carbon monoxide and carbon are produced instead of carbon dioxide.

In general for incomplete combustion:

hydrocarbon + oxygen → carbon monoxide + carbon + water

The carbon is released as soot. Carbon monoxide is a poisonous gas, which is one reason why complete combustion is preferred to incomplete combustion. Gas fires and boilers must be serviced regularly to ensure they do not produce carbon monoxide.

Carbon monoxide is absorbed in the lungs and binds with the hemoglobin in our red blood cells. This reduces the capacity of the blood to carry oxygen.

 

Here are the equations for the incomplete combustion of propane, where carbon is produced rather than carbon monoxide:

propane + oxygen → carbon + water

C3H8 + 2O2 → 3C + 4H2O

 

Fonte: https://www.bbc.co.uk/bitesize/guides/zx6sdmn/revision/1

Aquilo que eu compreendo neste texto é que os combustíveis são substâncias que reagem com o oxigénio para libertar energia útil. A maior parte da energia é libertada como calor, mas a energia luminosa também é libertada.

A combustão ocorre quando um combustível reage com oxigénio e produz calor, gás carbónico e água (se for completa) ou monóxido de carbono ou fuligem (se for incompleta).
O carbono é libertado como fuligem. O monóxido de carbono é um gás venenoso, que é uma das razões pelas quais a combustão completa é preferida à combustão incompleta. Salamandras e caldeiras a gás devem ser reparadas regularmente para garantir que não produzam monóxido de carbono. O monóxido de carbono é absorvido pelos pulmões e junta-se à hemoglobina nos nossos glóbulos vermelhos, o que reduz a capacidade do sangue de transportar o oxigénio.

 

No ano de mil novecentos e noventa e oito, concluí com aproveitamento o curso de Salvamento em Desencarceramento, na Escola Nacional de Bombeiros (ENB), onde aprendi segundo as normas internacionais do (ICET) (Internacional Centre for Emergência Techniques), ou seja, do Centro Internacional de Técnicas de Emergência. Este centro tem a sua sede na Holanda. Neste curso adquiri competências no salvamento de vítimas de acidentes, e o desencarceramento das mesmas, também aprendi a trabalhar com ferramentas de corte de chapa, que trabalham com pressões hidráulicas na ordem dos 600 Bar. Mas em 1998 a tecnologia em termos de motores a combustão ainda não era muito avançada, eram motores que consumiam gasolina com chumbo e muito pouco eficientes.

Em 2009 foi adquirido material de salvamento e desencarceramento com evolução tecnológica muito avançada em relação à combustão, gasolina sem chumbo, onde equipamento parecido gastava muito menos e realizava muito mais trabalho. Este equipamento veio já equipado com isolamento térmico e acústico. Nesse sentido foi realizado pela empresa uma formação para todos nós, bombeiros, para melhor rentabilizar o equipamento.

No ano de mil novecentos e noventa e oito concluí com aproveitamento o curso básico de Socorrismo na Escola Nacional de Bombeiros (ENB). Com este curso aprendi a prestar primeiros socorros, o sistema de emergência médica em Portugal e também um pouco como se organiza a nível europeu. Este curso coincidiu com a gravidez da minha mulher, e fiquei desperto para alguns procedimentos a fazer quando a minha filha nascesse, teria que efetuar o teste do pezinho e que este teste tem como função a despistagem de doenças relacionadas com o ácido desoxirribonucleico (ADN). E também aprendi que a minha parecença física com o meu pai se deve ao ácido desoxirribonucleico (ADN) e nesse aspeto também a minha filha tem muitas parecenças físicas comigo e com a mãe.

No ano de mil novecentos e noventa e nove concluí com aproveitamento o curso de Operador de Central, no Pólo de formação da (ENB) em Bragança, com este curso aprendi relações interpessoais, iniciação a informática na ótica do utilizador, exploração da rede de comunicações ao dispor dos Bombeiros e Proteção Civil a nível nacional, assim como o conhecimento de todos os intervenientes no sistema de Proteção Civil, este curso foi o que me iniciou na informática e aprendi alguns truques muito úteis para quem apenas era um autodidata, nesta questão da informática. Não tenho dúvidas que depois desta formação percebi a falta que me fazia quando comecei a mexer nos computadores, na altura tinham uns monitores CRT bastante pesados e tínhamos que usar um filtro para a luminosidade não nos danificar os olhos, hoje com os novos monitores LCD ou plasma já vêm preparados para serem usados sem esse tipo de filtros, e também são muito mais leves e com muita qualidade de imagem, como por exemplo HD ou Ful HD e ainda 4k. Neste curso também adquiri competências de comunicação nos bombeiros. Por exemplo; o Senhor Comandante quando quer comunicar linhas de orientação para o Corpo de Bombeiros faz por escrito em ordem de serviço, eu por exemplo quando quero transmitir uma tarefa faço cara à cara. Nos incêndios ou acidentes utilizamos comunicações rádio por ser mais prático, quando precisamos de mobilizar mais gente utilizamos SMS com o conteúdo de que precisamos.

Atualmente a tecnologia é uma mais-valia no que diz respeito à forma como organizo o trabalho, o sistema SIRESP permite-me enviar mensagens curtas como por exemplo se estou disponível numa ocorrência, ou para pedir mais meios para apoio. Também com o mesmo sistema consigo falar com as várias entidades envolvidas num acidente, (INEM e GNR).

O sistema de mensagens no computador da central permite perceber, enviar e receber logo a confirmação, se o bombeiro está ou não disponível. No passado era muito difícil, pois era utilizada a velhinha sirene. Temos também instalado nos veículos um sistema de georreferenciação que funciona através de um dispositivo com um cartão SIM, que emite um sinal como um telemóvel que é enviado para uma plataforma através de internet para um computador onde eu, como utilizador, vou verificar onde se encontram os veículos e a que velocidade circulam e os trajetos que fazem. Antigamente isto não era possível sem ligar ao motorista ou então confiar na palavra dada.

Não tenho nenhumas dúvidas que a tecnologia vem melhorar a nossa eficiência enquanto pessoas porque está presente em tudo, desde a nossa casa, no lazer ao nosso local de trabalho, elas são uma mais-valia.   

No ano de dois mil e dois e dois mil e três, frequentei o curso de Progressão na Carreira de Bombeiro, para promoção a Bombeiro de 2.ª, ministrado pela Federação dos Bombeiros do Distrito de Setúbal. No final fui aprovado com 12,7 valores, numa escala de 0 a 20 valores, e aqui aprofundei conhecimentos relacionados com os métodos de combate a incêndios e controlo de acidentes, aprendendo ainda o sistema de proteção civil em Portugal.

Em dois mil e três concluí com aproveitamento o curso de Condução Todo-o-Terreno na ENB, onde aprendi a conduzir viaturas pesadas no combate aos incêndios florestais.

Em dois mil e três também concluí com aproveitamento o curso de Chefe de Equipa de Combate a Incêndios Florestais, no Pólo de formação da ENB em Bragança. Nesse curso aprendi a chefiar equipas, assim como a zelar pela segurança de todos no combate a incêndios florestais, a orografia do território e ainda a tirar coordenadas geográficas numa carta militar com escala de 1/25000.  

Também no ano de dois mil e três concluí com aproveitamento o Curso de Tripulante de Ambulância de Transporte na ENB. Com este curso, e de acordo com as regras do INEM - Instituto Nacional de Emergência Médica, aprendi a tripular uma ambulância de emergência, a avaliar com mais pormenor o estado das vítimas e a prestar socorro com segurança. Nesta formação obtive competências de como se usa o (EPI) equipamento de segurança individual, o que mais utilizamos são as luvas descartáveis que depois de usadas são guardadas nos lixos perigosos, também usamos máscaras por causa do vírus e óculos de proteção e, às vezes, viseira de proteção contra os fluídos das vítimas (sangue ou urina), nas ambulâncias temos sinalética de resíduos perigosos e sinalética para identificar as malas de primeiros socorros e sinalética para extintores.

As sociedades modernas, nomeadamente as mais desenvolvidas, debatem-se hoje com problemas que, não sendo novos, assumem por vezes, uma dimensão redobrada, porque os riscos cresceram com o avanço tecnológico.

 

Considerando proporcional o aumento dos riscos a que os Bombeiros estão sujeitos à evolução da sociedade, verifica-se que os mesmos estão sujeitos durante as ocorrências a riscos diferentes, que devem ser fiscalizados pelo responsável em Segurança e Higiene no trabalho, neste caso o trabalhador designado, que adota medidas de segurança e fiscaliza o cumprimento das mesmas.

 

 

 

Muito embora o risco esteja presente em qualquer profissão, a pluralidade de atividades de socorro que os Bombeiros desempenham em condições e ambientes difíceis sujeita-os, de forma muito singular, a riscos biológicos, físicos, químicos, ergonómicos e psicológicos que lesam a sua saúde e podem causar a morte, se não forem cumpridas as regras de segurança.

 

Segundo o código do trabalho, o empregador é obrigado a organizar as atividades de segurança, higiene e saúde no trabalho, que visem a prevenção dos riscos profissionais e a promoção da saúde do trabalhador.

 

Cabe a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) fiscalizar se as atividades estão implementadas e atuar de acordo, as vezes aplicando coimas as entidades que estão em incumprimento, ou violam as regras de segurança, higiene e saúde no trabalho.

 

Nos Bombeiros de Alcochete, que é a minha entidade empregadora, temos formação de segurança e higiene e saúde no trabalho, mas não temos trabalhador exclusivo  dedicado a fiscalização  ou a adoção de medidas de segurança e higiene no trabalho, o resultado disso é que alguns colegas de trabalho estão de baixa por doença profissional devido a má postura no local de trabalho, este facto já foi reportado a (ACT) e o resultado foi uma fiscalização, e aplicação de coima.

Todos os trabalhadores têm o direito a terem asseguradas condições de segurança e saúde no trabalho, de acordo com os princípios gerais de prevenção previstos na Diretiva-Quadro de segurança e saúde no trabalho (Diretiva 89/391/CEE), transposta pela Lei nº 102/2009, de 10 de setembro, alterada pela Lei nº 3/2014, de 28 de janeiro.

 

  A sinalética, tal como o uso de equipamento de proteção individual (EPI), foram regulamentados pela União Europeia (EU) e depois transcrito para as línguas dos Estados-membros. Como exemplo, um texto em inglês, com base no Guia de aplicação da Diretiva EPI 89/686 / CEE - Versão 24 de agosto de 2017.

 

The legal basis of the PPE Regulation

The legal basis of the PPE Regulation (EU) 2016/425 is provided by Article 114 of the Treaty on the Functioning of the European Union (TFEU) 7 that enables the European Union to adopt measures to harmonise the legislation of the Member States in order to ensure the establishment and functioning of the single internal market. Such measures must take as a basis the highest possible level of protection of the health and safety of people and of the environment. The Regulation thus has a dual objective: to permit the free movement of products with the internal market whilst ensuring a high level of protection of health and safety.

Following the proposal by the European Commission, the PPE Regulation was adopted by the European Parliament and the Council of the European Union after consulting the European Economic and Social Committee, according to the ordinary legislative procedure (formerly known as “co-decision”) set out in Article 294 of the TFEU.

The footnotes to the citation give the references and dates of the successive steps of the procedure. The text of the PPE Regulation was published on the Official Journal of the European Union (OJEU) L 81, 31.3.2016, p. 51.

 

file:///C:/Users/HP/Downloads/PPE%20Regulation%20(EU)%202016_425%20Guidelines%20-%201st%20Edition%20-%20April%202018.pdf

 

 

 

Entendo do texto que a base jurídica do Regulamento PPE (UE) 2016/425 é fornecida pelo artigo 114 do Tratado sobre o funcionamento da União Europeia (TFUE) 7, que permite à União Europeia adotar medidas para harmonizar a legislação dos Estados-Membros, a fim de garantir o estabelecimento e funcionamento do mercado interno único.  Tais medidas devem ter como base o mais alto nível possível de proteção da saúde e segurança das pessoas e do meio ambiente. O regulamento tem, assim, um duplo objetivo: permitir a livre circulação de produtos com o mercado interno, garantindo um elevado nível de proteção da saúde e segurança.

Na sequência da proposta da Comissão Europeia, o Regulamento PPE foi adotado pelo Parlamento Europeu e Conselho da União Europeia, após consulta ao Comité Económico e Social Europeu, de acordo com o processo legislativo ordinário (anteriormente "codecisão"), prevista no artigo 294.º do TFUE.

As notas de rodapé da citação fornecem as referências e datas das etapas sucessivas do procedimento. O texto do Regulamento EPIE foi publicado no Jornal Oficial da União Europeia.

União Europeia (JOUE) L 81 de 31.3.2016, p. 51.

 

No âmbito da sinalética, ela existe para que as empresas comuniquem com os seus colaboradores de forma a que façam o manuseamento dos produtos corretamente, e evitar acidentes que podem ser nocivos para o ambiente. Muitas das empresas de produtos químicos trabalham a margem da lei, gastam poucos recursos na proteção do ambiente, apesar de na comunidade europeia serem obrigadas a cumprir um número elevado de leis e regulamentos, e em Portugal quando há denuncias são fiscalizadas pela Agência Portuguesa de Ambiente (APA) e estes quando encontram situações não conformes aplicam pesadas multas, muitas vezes com o fecho da empresa poluidora.